naturalmente...

A minha tia-avó, Ondina ALves, dizia que algumas mulheres tinham instinto para maternidade... outras nem tanto... algumas foram criadas para ser os "homens" da casa, outras as "m'ae", outras "tias".

Quando o JP nasceu, passavamos as tardes com ela, durante nossas conversas ela confidenciou que não se sentia dotada do sentimento de maternidade, que fora criada para trabalhar... talvez a idade para casar tivesse passado no momento em que os irmãos precisaram dela, eu indagava se o sentimento de ajuda não seria um instinto materno...

Bom, nossas tardes eram regadas a bons papos... hoje senti muita falta dela... da minha avó, do meu avô... dos meus pais...

Gostaria de ter corrido ao telefone para dar a noticia de que siiiiiiiiiiim!!! estou grávida, preparem a canjica, os ouvidos... o coração.

Mas... acima de qualquer barreira material quero dizer para meus ascendentes, queridos, que encontro sentido na minha vida quando olho para o meu grande JP, que não passo nenhum dia sem demonstrar para ele que carregamos no coração as pessoas que amamos e suas ideologias...

Mãe, farei com que meus filhos saibam que a vovó era péssima cozinheira, que amava dormir... que usava batom e que usava só calcinha na cozinha de porta aberta, que amava carnaval, que era uma amiga fiel, uma mãe compreensiva.

Pai, mostrarei cada detalhe das coisas simples do mundo para eles, ensinarei que a coisa mais importante na carteira de um menino é um anzol... e que o melhor amigo do homem, é um cão.

Vô, falerei no ouvido deles: namorem com as loirinhas, casem com as moreninhas...e dormirei com eles permitindo as rosquinhas...

vó, eu tentarei ser doce... muito doce!!! e para cada doçura, direi que aprendi com a minha avó... a mulher do sorriso mais encantador que eu´já vi!


Madrinha, serei sempre amiga dos meus filhos, criticando... e amando, atando seus corações a ideologia da integridade... naturalmente.

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