Bela, Isabela.

O final do ano de 2006 tirou de mim aquilo que eu chamava de alegria plena... eu tinha tudo, eu tinha todos... e com aquele ano alguns ciclos se encerravam.
Inclusive a liziane, filha da... acabou.
Conheci uma doença e depois várias outras, a minha tireoide morreu junto com a minha mãe e eu incorporei alguns hábitos, além de tomar hormônio todo dia.
O primeiro foi olhar para o lado. Porque quando se está a beira do caos, a gente vira gente.
Depois aprendi a olhar para o outro lado, porque o caos não é privilégio... cada um tem o seu caos pessoal.

Posso descrever sem muito esforço as paredes dos hospitais por onde andamos, as calçadas e o que a doença me deixou? A convicção de que saúde é tudo, bom, desde sexta, uma criança que eu não conheço, não sai da minha cabeça, está instalada dentro de mim como se fosse minha. Alguém de 6 anos, alguém que nasceu menina, alguém que precisa muitttttttttttttttttttttttttttttto de um tratamento e de uma medula... alguém que nasceu bela, Isabela...
Então, eu escrevi tudo isso para dizer que se há alguma coisa que possamos fazer independente de partido politico, opção sexual, religião ou qualquer coisa que possa nos afastar uns dos outros é doar sangue, doar medula, pensar de fato nos outros... por favor, se alguém está lendo, reflita... não sei a quantidade de BElas esperando transplante, mas nós sabemos que podemos ajudar... seja lá quem for, não importa, talvez alguém precise de mim ou de ti, para viver... LITERALMENTE.

Comentários

Postagens mais visitadas