tão natural... tão imoral...

Um amigo mais velho tocou em um assunto delicado e as pulgas - nome carinhoso que dou aos meus neurônios - ficaram a pular dentro de mim, falavamos na naturalidade que temos em achar que os nossos erros são pequenos comparados aos erros dos outros, usamos o exemplo do politico, todos dizem que políticos são corruptos, eu trago para perto e não gosto, por exemplo, das piadas contra advogados... detesto, quer falar mal de alguém? comece pela sua mãe.

Mas, parece ser assim mesmo, é mais fácil jogar pedra na cruz a refletir sobre o próprio umbigo...



Então se o escândalo do mensalão nos encomoda, cuidado, pode ter muita coisa dentro de nós que é tão grave quanto o mensalão...


Aos 16 anos - 17 anos vai, passei por uma situação dolorosa acho que foi a primeira vez que o mundo pareceu "acinzentado, colapsei geral porque percebi que as pessoas tinham preço - como diz uma amiga algumas tem muito valor outras... -
Desde então decidi que meu preço é alto,  impagável se convertido em $, precisa de muita sinceridade, de muito amor, de lealdade... meu maior tesouro sou eu mesma, cheia de imperfeições e de defeitos que com o passar dos anos, espero superar...
Mas... a auto estima deve ou deveria, incluir mais do que sapatos bonitos...
Isso é outro papo...

Na boa, como diz o JP, não é natural ser corrupto, ainda que Hobbes tenha filosofado que o homem é o lobo dele mesmo...

Sejamos morais, dentro de nossa individualidade, acho que vai doer menos.