vulnerável, inclusive.

Pensei muito antes de escrever sobre isso... pois o meu isso dói e não é aquela dor de porta batendo, não... é aquela da alma chamando.
é aquela sombra que te puxa, é aquela pessoa chata que te lembra do que é de verdade neste mundo tão cheio de mentiras.
bom, olhei a coisa no rosto, acendi a luz e no segundo seguinte estávamos os dois, ou os três, olhando para um troço de 3mm, é claro que eu esperei um pouco para ir no médico, tinha tanto acontecendo...
tudo colapsando, como sempre... e eu? mais uma bobagem a ser olhada...

um mês depois sentei na frente da Dermato e expliquei que tinha duas demandas: a pinta e o botox... tirei a roupa, tudo... e lá vem ela com aquela lupa maluca...

o olhar de alguém revela tudo, mas aquela mulher que me olhou no fundo do olho e ficou com cara de susto, porque de fato, a paciente estava certa... cheguei contando que meu pai tinha uma pinta no mesmo lugar e não foi tratada... e que era um bicho feio. Posso chamar de bicho feio, me recuso a escrever palavrão...
e assim, olhei a Drª Ana, mulher daquelas que eu classifico como a chefe das Valkírias, me olhando com cara de "que merda"... os minutos seguintes foram para tirar aquilo e prestar informações...
sai me sentindo tonta com um curativo grande, mas enfim, lá estava eu...

uma vontade de chorar, mas eu guentei. Não chorei, nem na anestesia, nem no carro, nem contando para o João, nem quando me olhei no espelho. Mas que vontade de dar uma surra em mim mesma.


Me senti tão em dívida comigo, me senti uma idiota. tipo boneca, tipo besta...

No início de julho decidi buscar ajuda, me senti muito triste, e sem motivo, mas também com motivo.
Só consegui começar a entender agora.

O afastamento da alma faz isso, nos deixa vulnerável. é ...
E quer saber? sou mais alma e menos o resto.

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