Coisa de Homem


Fui criada pelos meus avós maternos e fui super mimada sim, ainda sou, morram de inveja... Meu avô, um senhor lindo de morrer, com alma de menino (posso atribuir 6 anos com muita propriedade, pois sou mãe de um...) me criou ensinando aquilo que deveria e não deveria ser feito. Eu amava acompanhar meu avô ao clube: sala de jogos, sala de bocha, bar... o programa era o máximo! Adorava o café do Luizinho...

Lembro da fúria da minha avó dizendo que lá era lugar de homem... eu ficava pensando, lugar de homem? como assim? os ambientes eram divertidos, eles riam tomavam café e outras coisinhas, mas era muito interessante... tinha a turma das cartas... a turma da bocha... a turma do tal "aperitivo"... Eu cresci olhando o ambiente masculino e achando que aquilo que era vida... homens fofocam... com mais elegância, homens brigam, com mais entusiasmo, homens confrontam amigos... resultado: muito "aperitivo" e muita risada...

Eu via os homens nos seus ambientes e não os reconhecia fora... conclui que a vida dos homens é mais dura. Dos homens se espera mais. A família espera e ao mesmo tempo exige um homem que talvez ele não queira ser...

Não é novidade que amo meu avô, não só pelo cara maravilhoso que ele é. Mas simplesmente por conhecer aquela alma à tempos escondida, morro de saudades do meu avô "aperitivado" rindo, caminhando comigo pelo meio da rua, chutando o balde...

E assim, concluo o texto dizendo que "as coisas de homem" abalaram meus conceitos femininos e me fizeram amar aqueles "companheiros" e seus ambientes enfumaçados...

Comentários

Aii que amorrr!! Adoro histórias como esta...lindo a união de vocês!
Bjos
Anônimo disse…
Querida!!! Obrigada, primeiro, por trazer o Orlandinho pra perto de mim, segunda, pelas lembrança da minha terra, hoje tão distante! Muito fui ao café do Luizinho...mas era uma época diferente...o café era frequentado por senhores que nos conheciam. Então que diferença fazia, ir no Clube União ou no café do Luizinho! Estamos falando não de épocas diferentes, temos uma geração entre nós duas, mas de se morar no local de nosso pertencimento. Essa é a grande verdade!! Essa justificativa , hoje, não existe mais. Poucos são os que ficam e muitos os que saem. Poorisso qdo. criei meu velho blog engavetado dei o nome de....Uma gaúcha em Floripa...pq. aqui mais parece o RS do que mesmo SC. Pensando bem! Que pena que seja assim...queria ainda poder sentar no banco da pracinha e ficar olhando o vai e vem dos carros, na Rua XI...saudades!!
Anônimo disse…
Sumidaaaa!
Adorei o "aperitivado"!
Rsrsrs
Adoro a naturalidade dos teus textos tb!
Beijo da nova colega brasiliense!
Tahinah
Ana disse…
Que lembranças maravilhosas!
Também transito com facilidade em ambientes masculinos. Gosto do seu universo, me sinto bem...

Vim aqui seguindo um link do Esconderijo e gostei muito das tuas histórias!

Ah! E achei show a descrição amorosa que tu faz do teu marido!

:)
Anônimo disse…
Q amor Lisi!!!
Sempre achei lindo o amor q tu sempre transpareceu a teu vozinho!!!e essa foto ficou simplesmente linda!!!
bjãooo
Anônimo disse…
"O amor a teu vozinho q tu sempre transpareceu a todo mundo"...explica não complica..hehehe

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